O professor de arte e teatro Ronei Vieira, atuante no Centro de Ensino em Período Integral Edmundo Pinheiro de Abreu em Goiânia, relata que a escola ainda é um ambiente hostil para a comunidade LGBT. Segundo ele, a falta de repreensão diante de condutas preconceituosas contribui para a perpetuação dessas práticas na sociedade, tornando-a cada vez mais intolerante.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece que o ensino nas escolas deve ser pautado pelo respeito à diversidade e à tolerância. No entanto, estudos revelam que muitos estudantes LGBTQIA+ são alvo de agressões físicas e verbais dentro do ambiente escolar, o que impacta negativamente em seu rendimento acadêmico e bem-estar psicológico.
A pesquisa “Ambiente Educacional no Brasil 2016” evidencia que a maioria desses estudantes já foi vítima de agressões, dificultando sua permanência e sucesso na escola. O professor Vieira destaca a importância de repreender qualquer tipo de preconceito e agir diante de situações mais graves, como agressões físicas.
No entanto, o cenário educacional brasileiro apresenta retrocessos, visto que o número de escolas com projetos de combate ao machismo, racismo e homofobia tem diminuído ao longo dos anos. A falta de ações efetivas de combate ao preconceito na escola contribui para o abandono e evasão escolar, prejudicando não só os indivíduos diretamente afetados, mas também a sociedade como um todo.
A Unesco defende que a abordagem de questões de gênero e sexualidade na educação deve ser feita de forma inclusiva e acolhedora. A organização destaca a importância de oferecer suporte e proteção aos estudantes LGBTQIA+, tanto no ambiente físico quanto no virtual, visando garantir seu direito à educação e à integridade.
Diante desse contexto desafiador, é essencial que as escolas promovam espaços de discussão e acolhimento da diversidade, visando criar ambientes seguros e inclusivos para todos os estudantes. A educação é a chave para a construção de uma sociedade mais justa, respeitosa e igualitária para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.