Uribe, que governou entre 2002 e 2010, defendeu veementemente sua inocência, afirmando ser vítima de um complô. Em declaração à imprensa, o ex-presidente garantiu que nunca enganou a justiça e participou de uma audiência virtual para esclarecer os fatos.
O processo teve início com a juíza Sandra Heredia revelando ter recebido um documento da promotoria no qual Uribe é acusado de executar um plano para influenciar os depoimentos de membros de grupos de extrema direita ligados a massacres no final do século XX. Segundo informações vazadas, o ex-presidente teria utilizado emissários para subornar paramilitares presos e falsificar suas versões sobre a relação com ele.
Com 71 anos, considerado um dos políticos mais influentes do país, Uribe corre o risco de ser condenado a uma pena de seis a doze anos de prisão. O processo teve origem em uma denúncia apresentada por ele mesmo em 2012 contra o deputado Iván Cepeda, da esquerda, que resultou na investigação do ex-presidente por tentativa de manipulação de depoimentos.
Apesar da popularidade alcançada durante seu mandato devido à política linha dura contra as guerrilhas, Uribe agora enfrenta um cenário desafiador no campo judicial. A Corte Suprema da Colômbia não só absolveu Cepeda, como também passou a investigar o ex-presidente por suspeitas de conduta criminosa.
Dessa forma, Álvaro Uribe, que outrora foi um líder admirado, agora se vê diante de uma batalha legal que pode redefinir seu legado político e pessoal. A Colômbia acompanha atentamente os desdobramentos desse julgamento histórico.
