De acordo com os resultados do estudo, mais de 50% das pesquisas mostraram efetividade nas ações de conservação, levando a uma desaceleração do declínio da biodiversidade. A criação de áreas protegidas, o controle de espécies e a restauração da vegetação nativa foram destacados como medidas eficazes em diferentes regiões geográficas, biomas e sistemas políticos.
O pesquisador responsável pelo estudo, Martin Harper, da rede global Birdlife Internacional, ressaltou a importância de traduzir os compromissos do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal em políticas públicas e planos de ação apoiados por financiamento adequado. Ainda assim, apesar dos avanços, a pesquisa alertou para o declínio contínuo da biodiversidade, com milhares de espécies em risco de extinção.
Segundo Pedro Develey, diretor executivo da Save Brasil, a insuficiência de ações de conservação ambiental tem impactos mais graves em países com grande biodiversidade, como o Brasil. Ele ressaltou a urgência de mais investimento em pesquisa e conservação, especialmente diante de eventos climáticos extremos, como as catástrofes recentes no Rio Grande do Sul.
As pesquisas brasileiras utilizadas no estudo apontaram para a eficácia da criação de unidades de conservação e territórios indígenas na Amazônia. Develey enfatizou a importância da destinação adequada de terras públicas, a regularização fundiária em áreas privadas e o reforço da fiscalização dos biomas como ações necessárias para preservar a diversidade natural do país.
Em suma, o estudo reforça a necessidade de ampliar e fortalecer as ações de conservação ambiental em todo o mundo, destacando a importância de iniciativas eficazes para proteger a biodiversidade e garantir a sustentabilidade dos ecossistemas para as futuras gerações.