Segundo Otero, a perseguição ao veículo jornalístico inclui a proibição de exercer qualquer atividade junto ao Registro Público, o que inviabiliza a abertura de contas bancárias, transferência de bens e realização de contratos. Essa ação é vista como arbitraria e visa enfraquecer a atuação do jornal El Nacional.
Fundado em 1943, o El Nacional suspendeu sua edição impressa em 2018 devido à escassez de papel e à crise política e socioeconômica na Venezuela. A edição digital continua ativa, mas a censura e as pressões do governo tornam cada vez mais difícil a operação do veículo de imprensa.
Uma condenação milionária imposta pelo Supremo Tribunal de Justiça do país ao jornal por danos morais ao político Diosdado Cabello também prejudicou o El Nacional, comprometendo suas instalações e inviabilizando negociações futuras.
Com mais de 70 jornais deixando de circular na Venezuela em uma década, a liberdade de imprensa no país está seriamente comprometida. Além disso, apenas algumas redes sociais são permitidas, deixando os veículos de comunicação independentes quase paralisados.
Em meio a essas medidas repressivas e de censura, o jornalismo independente luta para se manter ativo na Venezuela, enfrentando obstáculos impostos pelo regime de Maduro. A liberdade de imprensa é um direito fundamental que deve ser protegido em qualquer sociedade democrática.