Medidas de compensação das desonerações da folha de pagamento e da Previdência somam R$ 25,8 bilhões em 2024, informa secretário da Receita.

Medidas para compensar desonerações da folha de pagamento de 17 setores da economia e da contribuição para a Previdência por pequenas prefeituras estão previstas para serem enviadas ao Congresso Nacional até o fim desta semana. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que essas medidas estão estimadas em R$ 25,8 bilhões em 2024, um valor superior ao previsto pelo Congresso Nacional, que calculava o impacto em R$ 19,2 bilhões.

De acordo com Barreirinhas, R$ 15,8 bilhões em receitas extras serão necessários para compensar a extensão da desoneração para os 17 setores da economia, enquanto R$ 10 bilhões serão exigidos para a redução da contribuição ao INSS por pequenos municípios. As estimativas apresentadas pelo secretário superam as previsões do Senado, que estimava impacto em R$ 10 bilhões para a desoneração dos setores e em R$ 7,2 bilhões para os municípios.

Barreirinhas destacou que as divergências nas estimativas decorrem do uso de cálculos conservadores pelo Fisco. Ele ressaltou que os acordos recentemente firmados entre o governo, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal asseguram a compensação de todas as desonerações que forem estendidas.

Além disso, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, revelou que a compensação de R$ 25,8 bilhões deve ser incorporada ao próximo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser apresentado em julho, com a garantia de que todo o montante será incorporado às receitas ainda em 2024.

No que diz respeito ao programa de ajuda para empresas de eventos e turismo (Perse), o relatório manteve a previsão de arrecadação de R$ 5,8 bilhões, apesar da prorrogação do programa por três anos. Para cumprir a meta de déficit primário zero, o governo contará com os dividendos da Petrobras, com uma previsão de R$ 14,3 bilhões em receitas de dividendos de estatais federais, sendo R$ 13 bilhões provenientes da petroleira.

Em suma, as medidas apresentadas pelo governo visam garantir a continuidade de benefícios fiscais e a manutenção do equilíbrio das contas públicas, com a expectativa de que o Congresso Nacional aprove as propostas a serem enviadas e que as receitas estimadas sejam efetivamente pagas às entidades beneficiadas.

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