O geógrafo marinho da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eduardo Bulhões, explicou que a praia está sujeita a instabilidade devido à sua proximidade com a foz do Rio Macaé e à ocupação desordenada próxima à linha de água. Ele ressaltou que não existem medidas definitivas para resolver a erosão, pois é necessário trabalhar tanto nas consequências quanto nas causas do problema. Bulhões é um dos integrantes do grupo de trabalho que realizará um estudo técnico e ambiental em conjunto com a prefeitura de Macaé e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A principal recomendação do estudo será o controle da erosão e não soluções definitivas, visto que a ressaca é um fenômeno natural e inevitável. Medidas para preparar o litoral e lidar melhor com os impactos das ressacas são fundamentais. Entre as possíveis ações estão a recomposição da praia e da vegetação de restinga, consideradas formas modernas de lidar com o problema.
O oceanógrafo Marcelo Sperle Dias alertou que a força das ressacas não depende apenas da altura das ondas, mas também do período das mesmas. O estudo sobre a erosão costeira do Rio de Janeiro abrangerá áreas vulneráveis como Macaé e Atafona. Medidas estruturais e não estruturais serão analisadas, incluindo a recomendação de áreas de amortecimento para dissipação da energia das ondas.
Em suma, a erosão costeira é um desafio no Rio de Janeiro, e é essencial que autoridades e especialistas trabalhem em conjunto para encontrar soluções sustentáveis e adequadas para lidar com esse problema recorrente.