ONG Repórteres Sem Fronteiras denuncia ao TPI crimes de guerra contra jornalistas palestinos na Faixa de Gaza cometidos por Exército Israelense.

A Organização Não Governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apresentou, nesta segunda-feira (27), uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional (TPI) referente aos jornalistas palestinos mortos ou feridos na guerra na Faixa de Gaza. A denúncia solicita que os procuradores do tribunal investiguem os supostos crimes de guerra cometidos pelo Exército israelense contra pelo menos nove repórteres palestinos desde 15 de dezembro.

A RSF argumenta que existem “motivos razoáveis para acreditar que alguns desses jornalistas foram assassinados deliberadamente e que os demais foram vítimas de ataques deliberados das Forças de Defesa de Israel (IDF) contra civis”. A organização ressalta que todos os jornalistas afetados foram mortos ou feridos no exercício de suas funções profissionais.

Antoine Bernard, diretor de defesa e assistência da RSF, afirmou que aqueles que matam jornalistas estão atacando o direito do público à informação, que é ainda mais essencial em tempos de conflito. O TPI já estava investigando possíveis crimes contra jornalistas desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas em Gaza, ocasionando a morte de mais de 100 comunicadores.

A denúncia da RSF apresenta casos de jornalistas palestinos mortos entre 20 de dezembro de 2023 e 20 de maio de 2024, assim como um jornalista ferido. A situação na Faixa de Gaza foi considerada o “período mais letal para jornalistas desde que o CPJ começou a recolher dados em 1992”, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sediado em Nova York.

Enquanto a RSF busca justiça para os jornalistas palestinos, o procurador do TPI, Karim Khan, solicitou mandados de prisão contra líderes israelenses e do Hamas por supostos crimes de guerra e contra a humanidade. Israel negou as acusações e considerou “desprezível” relacionar o Hamas com as autoridades israelenses. A situação na Faixa de Gaza permanece crítica, com baixas significativas entre a população civil palestina.

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