O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais comuns em adultos, porém a falta de diretrizes claras para diagnosticar e tratar pacientes após a infância pode dificultar a vida de indivíduos como Marsh. Alguns profissionais de saúde, bem-intencionados, acabam “inventando à medida que avançam”, segundo aponta o médico David W. Goodman. Essa falta de clareza deixa tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes em uma situação delicada.
O diagnóstico correto de TDAH em adultos muitas vezes enfrenta desafios, especialmente com a ausência de sintomas significativos na infância em alguns casos. Mulheres como Judy Sandler, diagnosticada aos 50 anos, enfrentam um processo complicado para identificar a condição ao longo dos anos, especialmente quando os sintomas se tornam mais evidentes na vida adulta em detrimento da infância.
A colaboração entre especialistas em TDAH visa desenvolver diretrizes nos EUA para diagnosticar e tratar adultos com o transtorno. Essas novas diretrizes buscam criar um processo mais uniforme e completo para o diagnóstico do TDAH em adultos, refletindo uma necessidade urgente de orientação no campo da saúde mental. A iniciativa visa evitar a prescrição desnecessária de medicamentos e garantir um tratamento eficaz para aqueles que realmente precisam.
Em última análise, o desafio de diagnosticar o TDAH em adultos exige uma abordagem multifacetada, incluindo entrevistas detalhadas, histórico médico e de desenvolvimento, questionários de sintomas e interações com pessoas próximas ao paciente. A falta de clareza na definição dos sintomas e a presença de condições coexistentes complicam ainda mais o processo, exigindo uma abordagem cuidadosa e precisa por parte dos profissionais de saúde.