Prefeito de Água Preta tem prisão decretada pela Polícia Federal após investigação.

Na manhã desta terça-feira (5), o prefeito da cidade de Água Preta, Noé Magalhães, foi preso em seu apartamento localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A prisão ocorreu devido ao cumprimento de um mandado pela Operação Dilúvio 2, realizada pela Polícia Federal. Após ser submetido a uma audiência de custódia, o prefeito será encaminhado para o Cotel, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.

Além do prefeito, outros sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra pessoas ligadas a ele, incluindo seus dois filhos que não foram presos. Durante uma coletiva de imprensa, foram revelados detalhes da operação.

De acordo com o auditor da Receita Federal, Ginaldo Antônio Freire, os bens de Noé não foram bloqueados, pois as investigações sobre possíveis crimes de sonegação fiscal ainda estão em fase inicial. Nessa fase, serão apuradas possíveis inconsistências econômicas.

O local onde o prefeito foi preso continha cheques, documentos de compra e venda e contratos de casas em nome de laranjas. Além disso, Noé Magalhães também está sendo investigado por agiotagem.

A investigação teve início a partir de informações de pessoas que faziam parte da equipe do prefeito e que denunciaram irregularidades. O vice-prefeito de Água Preta, que é rompido com Noé, também colaborou com as investigações.

Segundo o delegado regional da Polícia Judiciária, Márcio Tenório, a primeira fase da Operação Dilúvio, realizada em maio, identificou indícios do envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, inclusive atos de obstrução da justiça.

Ainda não há informações sobre o envolvimento de outros servidores de Água Preta na organização criminosa liderada pelo prefeito. As penas máximas para os crimes investigados na Operação Dilúvio podem ultrapassar 40 anos de reclusão.

As investigações sobre o caso ainda estão em andamento e não foram concluídas. A Polícia Federal obteve novas evidências que confirmaram as suspeitas de crimes cometidos pelo prefeito e pelas outras pessoas envolvidas. A primeira fase da operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo investigado. Agora, a PF irá dar continuidade à apuração dos fatos.

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