O estudo analisou a trajetória do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre 2012 e 2022, destacando as consequências da crise sanitária nos estados brasileiros. Segundo a coordenadora de Desenvolvimento do PNUD, Betina Barbosa, as três dimensões usadas para medir o desenvolvimento humano – longevidade da população, renda e educação – revelam a importância de uma análise multidimensional.
A reação no IDH brasileiro resultou em uma perda de 10 anos de melhoria na longevidade, 10 anos de melhoria na renda e dois anos de melhoria na educação. A desigualdade também foi um ponto destacado no estudo, especialmente em relação às mulheres negras, que foram as mais vulneráveis em termos de desenvolvimento de potencial e oportunidades.
Projetando o futuro, a pesquisa aponta que a população brasileira será composta majoritariamente por negros e pardos, especialmente no Norte do país. Diante dessas vulnerabilidades, o estudo recomenda repactuar o desenvolvimento humano focando em educação, saúde e renda com atenção especial à raça e gênero.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, enfatizou a importância do recorte trazido pelo estudo para repensar políticas públicas e combater as desigualdades, valorizando a diversidade. Além disso, o relatório apontou um resultado surpreendente referente ao Nordeste do Brasil, onde estados com maior desenvolvimento humano não tiveram baixas taxas de mortalidade em comparação com estados menos desenvolvidos.
Em resumo, o estudo evidencia a necessidade de repensar estratégias e políticas públicas para enfrentar os impactos da pandemia no desenvolvimento humano, bem como reforçar a importância da cooperação e medidas eficazes para proteger a população em momentos de crise.