O levantamento verificou diversos aspectos, como a presença de medidas preventivas no Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação do Solo, a existência de leis específicas para combater os desastres climáticos, planos municipais de redução de riscos, mapas de áreas vulneráveis, programas habitacionais para realocação da população em locais de risco e planos de contingência. A pesquisa utilizou dados públicos da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) de 2020, coordenada pelo IBGE.
O ICS elaborou um mapa que destaca em vermelho as cidades com menos de 20% das estratégias, em laranja aquelas com 20% a 49%, em amarelo as que possuem de 50% a 79% e em verde as que têm mais de 80% das medidas. Um exemplo preocupante é o Rio Grande do Sul, estado que recentemente enfrentou uma série de inundações devido às fortes chuvas. Das 497 cidades gaúchas, 304 possuem menos de 20% das estratégias necessárias.
Além disso, o ICS realizou uma avaliação da percepção dos brasileiros sobre os problemas ambientais e as ações que os municípios podem adotar para enfrentar as mudanças climáticas. Segundo a pesquisa, 79% dos entrevistados acreditam que as prefeituras podem contribuir para combater esses problemas, e medidas como aumento e conservação de áreas verdes, controle do desmatamento e redução de combustíveis fósseis foram citadas como prioritárias.
Em resumo, a pesquisa revela uma situação preocupante em relação à falta de preparo dos municípios brasileiros para lidar com as consequências das mudanças climáticas, destacando a necessidade de medidas urgentes e eficazes para prevenir e mitigar os impactos das tragédias climáticas.