As acusações contra Trump envolvem a falsificação de registros contábeis para ocultar o pagamento de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels. O ex-advogado do magnata, Michael Cohen, confessou o crime e o valor de US$ 130 mil teria sido pago para evitar danos à imagem de Trump durante a campanha presidencial de 2016.
No entanto, a incerteza sobre o futuro jurídico e político de Trump persiste, e a possibilidade dele ser encarcerado antes das eleições de novembro é considerada improvável. Para que Trump seja condenado, o júri popular precisa chegar a um veredicto unânime, o que pode ser um desafio diante da complexidade do caso.
Além disso, as acusações contra Trump são consideradas crimes de classe E, a categoria mais baixa no estado de Nova York. Isso significa que mesmo que seja considerado culpado em várias acusações, a punição máxima seria de 4 anos de prisão. O juiz Juan Merchan terá o poder de decidir se Trump cumprirá pena de prisão ou responderá em liberdade, considerando que o ex-presidente nunca foi condenado na esfera penal.
É importante ressaltar que nos Estados Unidos não existe uma legislação que impeça candidatos condenados de participarem das eleições. Dessa forma, Trump poderia recorrer à condenação e permanecer em liberdade até que o recurso fosse avaliado. No entanto, pesquisas indicam que a maioria dos eleitores não votaria em Trump caso ele fosse condenado por um crime, o que poderia impactar sua campanha eleitoral.
Diante de um cenário incerto e complexo, o futuro de Trump após o julgamento em Nova York permanece uma incógnita, aguardando as decisões do júri e do juiz responsável pelo caso. A repercussão desse julgamento pode ter um impacto significativo nas eleições presidenciais e na trajetória política do ex-presidente.