Essa iniciativa da Fundação do Câncer faz parte da campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) intitulada “Proteger as crianças da interferência da indústria do tabaco”, que busca evitar que novos fumantes sejam formados. A proposta é que os governos cumpram as determinações da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) e as diretrizes adicionais do Artigo 13, adotadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2004 (COP 10), que proíbem a propaganda, promoção e patrocínio do tabaco.
Segundo a OMS, as empresas tabagistas gastam mais de US$ 8 bilhões por ano em marketing e publicidade, com foco especial na população mais jovem para estimular o consumo de cigarros eletrônicos. O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, alerta que há uma pressão intensa por parte das indústrias de tabaco para formar novos fumantes, o que representa um sério risco para os jovens e vulneráveis.
A Anvisa manteve a proibição da entrada de cigarros eletrônicos no Brasil, mas a Fundação do Câncer ressalta a importância de conscientizar a população sobre os malefícios desses dispositivos. O #movimentovapeOFF busca mobilizar a sociedade, entidades públicas e privadas para garantir um futuro saudável para os mais jovens, desmistificando a falsa ideia de que os vapes auxiliam no abandono do vício.
Com mais de 200 sabores e aromas, os cigarros eletrônicos podem causar sérios danos à saúde, levando a casos de pneumonias graves, queimaduras e até explosões. A Fundação do Câncer está estabelecendo parcerias para lançar desafios universitários que abordem a temática do cigarro eletrônico e sensibilizem os jovens sobre os riscos desse hábito. A expectativa é que através da informação e conscientização, seja possível combater o crescimento do consumo de vapes e proteger a saúde da população mais vulnerável.