O ensaio clínico realizado com centenas de pessoas diagnosticadas com linfoma quinase anaplásico (ALK) em câncer de células não pequenas (NSCLC) mostrou que o lorlatinibe, disponível sob a marca Lobrena nos Estados Unidos, superou o crizotinibe, um medicamento de geração anterior, em eficácia. Após um acompanhamento de cinco anos, mais da metade dos pacientes tratados com lorlatinibe não apresentaram progressão do câncer.
Despina Thomaidou, representante da Pfizer, destacou a importância desse avanço, afirmando que a descoberta é sem precedentes, especialmente considerando que se trata de pacientes com doença metastática avançada. Ela ressaltou que 60% dos pacientes que receberam lorlatinibe apresentaram sobrevivência sem progressão da doença, em comparação com apenas 8% daqueles que receberam crizotinibe.
Com o câncer de pulmão sendo a principal causa de morte por câncer em todo o mundo, o lorlatinibe se torna uma esperança para muitos pacientes. O NSCLC é responsável por mais de 80% dos casos de câncer de pulmão, sendo que os tumores ALK positivos representam cerca de 5% desses casos.
Além disso, o lorlatinibe tem a vantagem de penetrar melhor na barreira hematoencefálica em comparação com os medicamentos anteriores, agindo de forma mais eficaz ao inibir mutações tumorais que geram resistência. No entanto, os efeitos colaterais do medicamento incluem aumento de peso e questões de saúde mental, como depressão.
Essa importante descoberta foi apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica e no Journal of Clinical Oncology, mostrando que a inovação científica pode trazer esperança e mudar destinos. Com o lorlatinibe, a luta contra o câncer de pulmão ganha um aliado fundamental.
