Segundo a OMS, a região das Américas tem sido a mais afetada, com um aumento significativo no número de casos nos últimos cinco anos. Apenas no Brasil, houve mais de 7 milhões de casos de dengue registrados até o final de abril, ultrapassando os 4,6 milhões de casos de todo o ano de 2023.
A entidade alerta para a detecção dos quatro sorotipos de dengue nas Américas este ano e destaca que seis países da região já reportaram casos de circulação simultânea de todos os quatro sorotipos. Além disso, a OMS ressalta a importância de uma vigilância robusta em tempo real para controlar a transmissão de forma mais eficaz.
Em relação à vacinação, a OMS enfatiza que a vacina contra a dengue deve fazer parte de uma estratégia integrada de combate à doença, juntamente com o controle de vetores e o envolvimento da comunidade. A vacina TAK-003, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda e utilizada no Brasil, é recomendada para crianças de 6 a 16 anos em áreas com alta transmissão de dengue.
Além da dengue, a OMS aponta uma sobreposição de casos de chikungunya e zika, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A falta de sistemas de vigilância eficazes pode levar a diagnósticos equivocados, como ocorreu em um estudo em Minas Gerais em 2023. A entidade destaca a importância de monitorar simultaneamente os três vírus para uma gestão mais eficaz das intervenções de saúde pública. Até o momento, mais de 250 mil casos de chikungunya e quase 7 mil casos de Zika foram registrados em 2024 em todo o mundo.