A autora do projeto, deputada Julia Zanatta (PL/SC), não se conformou com a rejeição do texto pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O recurso foi aprovado por 28 votos na CCJ, sendo 25 do PL, um do União Brasil, um do Novo e um do PP, contra 14. Agora, o projeto precisa ser analisado pelo plenário da Casa, sem data definida para a votação.
Julia Zanatta argumenta que a vacina contra a covid-19 não foi testada por tempo suficiente, colocando os pais e responsáveis em risco de sofrer penalidades, como a perda da guarda dos filhos. No entanto, organizações científicas e o Ministério da Saúde rebateram esse argumento, destacando a importância da vacinação infantil contra o coronavírus.
O Ministério da Saúde ressaltou que as vacinas contra a covid-19 estão entre os produtos farmacológicos mais estudados da história recente e enfatizou que até o momento, 30 crianças morreram em decorrência da doença. A inclusão da vacina no calendário infantil foi feita com base em evidências científicas internacionais e dados epidemiológicos brasileiros.
A decisão de incluir a vacina contra o coronavírus no calendário infantil foi respaldada pelo Câmara de Assessoramento de Imunizações do MS, que conta com importantes organizações científicas do Brasil em sua composição. Além disso, a Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos e a Organização Mundial de Saúde também apoiam a vacinação infantil contra a covid-19.
Diante desse contexto, a discussão sobre a exclusão da vacina da covid-19 do calendário infantil continua gerando debates e controvérsias no ambiente político brasileiro. A decisão final sobre o assunto ainda está pendente e aguarda a votação no plenário da Câmara dos Deputados.