De acordo com a nota, a recomendação é estender o uso da vacina dTpa, que combate difteria, tétano e coqueluche, para profissionais da saúde que atuam em diversos setores, como ginecologia, obstetrícia, UTI neonatal, berçários e pediatria. Outros profissionais que devem ser imunizados são as doulas e aqueles que trabalham em creches com crianças de até 4 anos.
A administração das doses deve levar em consideração o histórico vacinal de cada pessoa, com a orientação de que mesmo aqueles com doses anteriores completas recebam uma nova dose da vacina. Já aqueles que possuem menos de três doses administradas devem complementar o esquema de imunização.
Globalmente, a nota técnica destaca um aumento significativo de casos de coqueluche em diversos países da União Europeia e na China. Somente no primeiro trimestre de 2024, mais de 32 mil casos foram notificados na Europa, com maior incidência em crianças menores de 1 ano. Na China, foram registrados mais de 32 mil casos da doença e 13 óbitos até fevereiro.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, com mais de 8 mil casos confirmados. A partir de 2020, o número de casos reduziu, mas o Ministério da Saúde alerta que a situação pode se agravar se não forem tomadas medidas preventivas, especialmente devido às quedas nas coberturas vacinais nos últimos anos.
Os dados do ministério mostram que entre 2016 e 2023, as coberturas vacinais contra a coqueluche ficaram abaixo dos 95% recomendados pela OMS, o que contribui para o acúmulo de pessoas suscetíveis à doença. Por isso, é fundamental intensificar a vacinação e a vigilância epidemiológica para controlar a disseminação da coqueluche.
Em resumo, a vacinação é essencial para prevenir a coqueluche, uma doença respiratória que pode se espalhar mais facilmente em períodos de clima ameno ou frio. A imunização correta e ações efetivas de saúde pública são fundamentais para proteger a população contra essa infecção bacteriana.