No documento divulgado pela defesa, Hortência Menezes esclarece que, apesar de ser psicóloga, “tal fato não exclui que a mesma possa manifestar um transtorno mental”. Ela afirma que o caso é delicado e que a defesa técnica de Júlia não teve tempo hábil para esclarecer as dúvidas da sociedade e da imprensa. Uma das questões levantadas é o motivo que levou uma psicóloga de bons antecedentes e com uma família estruturada a se envolver em uma situação tão complexa.
Júlia se entregou à polícia na 25ª DP (Engenho Novo) na companhia de sua advogada, após ser procurada desde o dia 28 de maio, quando foi expedido o mandado de prisão. A defesa de Júlia ressaltou que ela se sente consternada, em estado de choque e lamenta o ocorrido, demonstrando disposição para colaborar com a Justiça e com a investigação.
Além de Júlia, Suyany Breschak, uma mulher que se identifica como cigana, também está detida sob a suspeita de ser cúmplice no crime. Segundo informações, Júlia tinha uma dívida de cerca de R$ 600 mil com Suyany por trabalhos espirituais. Para quitar parte da dívida, a psicóloga teria dado o carro do namorado, avaliado em R$ 75 mil, para Suyany, mas o veículo ainda não foi localizado pela polícia.
Durante sua chegada à delegacia, Júlia estava de cabeça baixa, vestindo um capuz cinza e uma máscara no rosto. Ela se recusou a falar com a imprensa e estava acompanhada de sua advogada e do delegado Marcos André Buss. A prisão de Júlia causou grande repercussão e levantou questionamentos sobre a conduta da psicóloga anteriormente reconhecida por sua conduta exemplar. A investigação segue em andamento para apurar os detalhes desse trágico acontecimento.