Tribunal de Apelações da Geórgia suspende processos contra Trump por interferência eleitoral enquanto decide conflito de interesses.

Um tribunal de apelações do estado americano da Geórgia tomou uma decisão que pode ter grandes repercussões no caso de interferência eleitoral contra o ex-presidente Donald Trump e outros oito réus. A suspensão temporária de todos os procedimentos no caso foi anunciada nesta quarta-feira.

Essa decisão surgiu devido a um conflito de interesses envolvendo a promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis. A questão sobre a possível desqualificação dela do caso precisará ser avaliada por um painel de juízes antes de seguir adiante. As alegações orais estão previstas para serem discutidas em 4 de outubro, porém, os especialistas jurídicos preveem que os recursos possam levar meses para serem resolvidos.

Além de Donald Trump, outros réus que apelaram da decisão de desqualificação incluem o ex-advogado pessoal de Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, e Mark Meadows, ex-chefe de Gabinete de Trump na Casa Branca durante as eleições de 2020.

Essa suspensão é vista como uma má notícia para os críticos e oponentes de Donald Trump, que esperavam que o caso fosse julgado na Geórgia antes das eleições gerais de novembro. Trump e seus aliados foram indiciados na Geórgia por um amplo caso de extorsão relacionado à tentativa de reverter sua derrota nas eleições de 2020 no estado.

Contudo, o caso sofreu um revés devido ao envolvimento romântico da promotora Fani Willis com um advogado do caso. Essa revelação levou os advogados de defesa a pedirem a desqualificação de Willis e de seu escritório, mas o juiz responsável pelo caso permitiu que ela permanecesse.

Até o momento, nenhuma data de julgamento foi marcada na Geórgia. Além disso, não há definições sobre as datas de julgamento nos dois processos criminais federais contra Trump. Em um dos casos, ele é acusado de reter documentos confidenciais indevidamente na Flórida, e no outro, enfrenta acusações por interferência eleitoral em 2020 e incitação ao ataque ao Capitólio em janeiro de 2021, em Washington.

Essa nova reviravolta no caso de interferência eleitoral nos EUA coloca Donald Trump sob os holofotes novamente, enquanto aguarda também a sentença por outras acusações criminais em um tribunal de Nova York. A situação continua a evoluir e é aguardada com grande expectativa pelos interessados e pela população em geral.

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