O endividamento das famílias é uma realidade que tem impacto direto na renda mensal e no consumo. O cartão de crédito é a principal fonte de dívidas para 94,3% das famílias pernambucanas, seguido por carnês (28,6%) e crédito pessoal (6,6%). Essas dívidas podem ser usadas para diversos fins, como despesas médicas, melhorias na residência ou aquisição de bens duráveis.
É importante ressaltar que quanto mais rápido as dívidas forem liquidadas, melhor será para o orçamento da família, pois haverá um excedente maior de renda disponível para consumo ou poupança. Além disso, a inadimplência prolongada acarreta gastos adicionais com juros, mora e multa.
O tempo médio de comprometimento com dívidas em Pernambuco é de 8 meses, enquanto o tempo médio de contas em atraso é de 61 dias, sendo que no Brasil esse prazo é de 63 dias. A inadimplência prolongada prejudica tanto o consumo das famílias quanto os investimentos das empresas, afetando a economia como um todo.
Um dos principais fatores que contribuem para o aumento da inadimplência em Pernambuco é o elevado nível de desemprego no estado. Isso desencoraja as pessoas a honrar seus compromissos financeiros. Além disso, a perspectiva de quitação de dívidas também é afetada negativamente pela avaliação desfavorável das oportunidades profissionais.
A pesquisa PEIC, elaborada pela CNC, busca diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor. Ela considera as contas ou despesas contraídas com cartão de crédito, cheques pré-datados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóveis, prestações de carros e seguros. Uma das informações apuradas é o percentual de inadimplentes e a intenção de pagar dívidas em atraso.
A inadimplência afeta principalmente as pequenas empresas do setor de comércio e serviços, pois quando ocorre uma desaceleração no consumo, observa-se uma queda nas vendas. Por isso, é fundamental acompanhar o nível de comprometimento do consumidor com dívidas e sua capacidade de pagamento, para que os empresários possam tomar decisões adequadas.
Em resumo, o endividamento e a inadimplência são problemas sérios que afetam a saúde financeira das famílias pernambucanas. É essencial que medidas sejam tomadas para reduzir o tempo de atraso das dívidas e melhorar a capacidade de pagamento, impulsionando o consumo e a economia como um todo.