O principal autor do estudo, Joseph Stanford, ressaltou que ambientes de alto desempenho muitas vezes atraem pessoas que se sentem superiores, são implacáveis na busca pela vitória e acreditam firmemente que podem influenciar os outros para alcançarem o seu próprio sucesso.
A pesquisa investigou 300 atletas de elite, incluindo nadadores, triatletas e ciclistas, juntamente com seus treinadores, e avaliou a qualidade do relacionamento entre eles. Foi especificamente analisado um grupo de personalidades conhecido como Tríade Negra, composto por narcisismo, psicopatia e maquiavelismo.
Embora essas características sejam frequentemente vistas de forma negativa pela sociedade em geral, os pesquisadores apontam que podem proporcionar vantagens em ambientes de alto desempenho, como competições olímpicas.
Segundo Laura Healy, autora sênior do estudo, é fundamental estabelecer uma relação positiva entre treinador e atleta para alcançar o sucesso, trabalhando juntos sob pressão. Ela destaca que compreender quem é o parceiro e como lidar com ele pode resultar em relações treinador-atleta de melhor qualidade em contextos esportivos de elite, beneficiando o desempenho e a experiência esportiva.
Os resultados da pesquisa indicam que treinadores egocêntricos tendem a ser menos responsivos às necessidades de seus atletas, enquanto atletas com altos níveis de crueldade se sentem menos à vontade ao trabalhar com seus treinadores. Além disso, treinadores manipuladores costumam ser menos elogiosos e comprometidos com seus atletas.
Embora tais características possam levar ao sucesso esportivo, os atletas e treinadores que as possuem podem enfrentar desafios em termos de relacionamento, respeito e integração social no longo prazo. Portanto, é essencial encontrar um equilíbrio saudável entre esses traços de personalidade e a busca pela excelência esportiva.
