Almirante aposentado da Marinha perde milhões em extorsão de agiotas: dois homens presos em flagrante após ameaças e cobranças.

Um almirante aposentado da Marinha, de 82 anos, foi vítima de extorsão e ameaças por parte de dois homens, resultando em uma perda estimada entre R$ 10 e R$ 12 milhões desde 2020, conforme relatado por sua família. A investigação sobre o caso teve início na última sexta-feira (7) e os suspeitos foram presos na segunda-feira (10).

Os detalhes foram revelados à imprensa nesta terça-feira (11), durante uma coletiva realizada na sede da Polícia Civil de Pernambuco, localizada no Centro do Recife.

Segundo informações da PCPE, o caso teve início em 2020, quando o filho da vítima, de 30 anos, solicitou um empréstimo a um suposto agiota de 50 anos para comprar um carro. Diante da falta de pagamento da dívida, os dois homens começaram a perseguir, cobrar e ameaçar o pai do devedor.

Os familiares da vítima perceberam que ele estava vendendo seus bens para tentar quitar a dívida, o que motivou o acionamento da polícia, alegando que o idoso estava sofrendo constrangimento.

A polícia conseguiu prender o comparsa do agiota durante uma abordagem realizada em um estabelecimento comercial da vítima, localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na última segunda-feira (10). O indivíduo foi preso em flagrante enquanto tentava receber uma quantia de R$ 43 mil do almirante aposentado.

Durante o período de extorsão, o idoso recebia ameaças de que, caso não quitasse a dívida, seu filho seria assassinado. Ele chegou a transferir aproximadamente R$ 534 mil para os suspeitos, via Pix e Transferência Eletrônica Disponível (TED), nos seis primeiros meses de 2024. Os suspeitos foram autuados pelo crime de extorsão majorada e devem passar por audiência de custódia.

O autor do crime, de 50 anos, já foi investigado pela Polícia Federal em duas operações de repressão qualificada por lavagem de dinheiro, contratação ilícita e agiotagem. Ele é empresário no ramo hoteleiro, possuindo estabelecimentos no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca.

O caso expõe a vulnerabilidade de pessoas idosas diante de golpes e crimes de extorsão, reforçando a importância da vigilância e proteção desses indivíduos. A prisão dos suspeitos representa uma medida de justiça e um avanço na investigação desse caso lamentável.

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