O episódio que deu origem a essa condenação remonta a 2016, quando Deltan Dallagnol, à frente da força-tarefa da Lava Jato, realizou uma apresentação em formato de powerpoint para acusar Lula de liderar uma organização criminosa. Posteriormente, os processos contra o ex-presidente foram anulados pelo STF devido à parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução das investigações.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em março de 2022, já havia condenado Deltan Dallagnol ao pagamento de indenização a Lula pelos danos morais causados. Na ocasião, Cristiano Zanin, ex-advogado do presidente e atual ministro do STF, questionou a conduta funcional de Dallagnol e de outros membros da Lava Jato, que teriam atribuído a Lula um papel de liderança em uma organização criminosa sem provas suficientes.
A manutenção da condenação pela Primeira Turma do STF reforça a importância do respeito às normas e procedimentos legais no exercício da função pública, especialmente em casos de grande repercussão como o da Lava Jato. A decisão também serve como um alerta para que autoridades e agentes públicos ajam de forma ética e imparcial em suas responsabilidades, evitando prejuízos à imagem e à reputação de terceiros.