A primeira etapa do Protocolo de Montreal foi a eliminação dos clorofluorcarbonetos (CFC), e agora todas as indústrias envolvidas esperam conseguir eliminar os hidroclorofluorcarnonetos (HCFC) que os substituíram, até o ano de 2040. O estudo revelou que os HCFC atingiram seu nível máximo de concentração em 2021, cinco anos antes das projeções iniciais.
O autor principal do estudo, Luke Western, da Universidade de Bristol no Reino Unido, enfatizou que o resultado alcançado é um grande sucesso global e mostra que estamos avançando na direção correta. O estudo, publicado na revista Nature Climate Change, utilizou dados do Experimento Global Avançado de Gases Atmosféricos e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos para analisar os níveis de poluentes na atmosfera.
Western destacou que a redução dos HCFC foi eficaz graças ao Protocolo de Montreal, regulamentações nacionais mais rigorosas e mudanças de mentalidade na indústria. Ele ressaltou a importância de seguir esses tratados ambientais corretamente para obter os resultados desejados.
Além de prejudicar a camada de ozônio, os CFC e HCFC são gases de efeito estufa potentes, portanto, a diminuição desses elementos também contribui para a luta contra o aquecimento global. Mesmo após serem retirados de circulação, o impacto anterior desses compostos continuará afetando a camada de ozônio nos próximos anos.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que serão necessárias quatro décadas para que a camada de ozônio se recupere aos níveis anteriores à descoberta do buraco na década de 1980. Esta conquista mostra que é possível alcançar resultados positivos na preservação do meio ambiente com a implementação adequada de tratados e regulamentações ambientais.