O estudo apontou que esse percentual foi um pouco menor na indústria de transformação, com 6%, e no comércio, com 7%, enquanto nos serviços às famílias atingiu 11%. Segundo o estudo, devido à proximidade em relação às áreas alagadas, é possível entender que essas empresas foram possivelmente inundadas durante as chuvas.
A motivação por trás do estudo foi fornecer fontes de dados alternativas para auxiliar na compreensão dos impactos econômicos da tragédia no estado. Até o momento, já foram confirmadas 173 mortes e mais de 420 mil pessoas desalojadas devido às enchentes. Rodrigo de Sá cruzou dados automáticos de satélite processados pela Nasa com o CEP dos estabelecimentos que possuíam empregados formais em dezembro de 2022, de acordo com a RAIS.
Além disso, o estudo também analisou a parcela no emprego dos estabelecimentos situados até 1 quilômetro das inundações, constatando que as empresas representavam 22% dos empregos, sendo a indústria de transformação o setor menos afetado, com 14%. A análise ressaltou as diferenças nos efeitos diretos das enchentes em diferentes localidades gaúchas, com impactos mais significativos entre Lageado e Porto Alegre, onde as empresas representavam 40% dos empregos formais em até 1 quilômetro das inundações.
Na região de Pelotas, aproximadamente 35% dos empregos nas empresas próximas às inundações foram afetados, embora a altura da água tenha sido menor em comparação com outras áreas. A análise do Banco Central evidenciou a complexidade e extensão dos impactos econômicos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.