Deputados centristas da aliança de Macron preferem que ele fique fora da campanha legislativa francesa após revés nas eleições europeias

Após sofrer uma derrota nas eleições europeias, que foram interpretadas como um “voto de punição” ao presidente Emmanuel Macron, muitos membros de sua aliança centrista estão preferindo manter certa distância do líder francês durante a campanha legislativa no país.

A deputada em fim de mandato Béatrice Piron, por exemplo, optou por não incluir a foto de Macron em seus cartazes de campanha, alegando que irá focar em sua posição pessoal e no apoio local, evitando assim reações negativas em relação ao presidente. Essa postura parece refletir o cenário de descontentamento com o governo de Macron, especialmente após o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) sair vitorioso nas últimas eleições europeias na França.

Diante desse contexto, Macron surpreendentemente antecipou as eleições legislativas para 30 de junho e 7 de julho, visando fortalecer sua posição e conter o avanço da oposição. No entanto, a reação dos deputados do governo não foi tão calorosa quanto o esperado, com alguns demonstrando descontentamento com a forma como a situação foi conduzida.

Macron, por sua vez, afirmou que não fará campanha nas eleições legislativas e delegará a liderança dessa tarefa ao seu primeiro-ministro Gabriel Attal. A decisão é interpretada como uma estratégia para minimizar a presença do presidente, que enfrenta uma imagem desgastada diante de parte da população francesa.

Os desdobramentos políticos na França apontam para um cenário de incertezas e mudanças, com a liderança da aliança centrista em jogo nas eleições presidenciais de 2027. A postura de Macron, bem como a reação de seus aliados, podem ter um impacto significativo no futuro da política francesa e na relação do presidente com seus eleitores. Acompanharemos de perto os desdobramentos dessa situação.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo