O indiciamento é resultado da Operação Benesse, fase ostensiva da investigação iniciada em setembro de 2023, com foco na irmã do ministro, a prefeita afastada de Vitorino Freire (MA) Luanna Rezende. A PF também tentou solicitou buscas contra Juscelino Filho, porém a solicitação foi negada pelo ministro Luis Roberto Barroso, presidente do STF.
Um ponto importante destacado durante a investigação foi o direcionamento de R$ 5 milhões do orçamento secreto pelo ministro para a prefeitura de Vitorino Freire, visando asfaltar uma estrada em frente à sua fazenda. Além disso, empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro foram beneficiadas com contratos que totalizaram mais de R$ 36 milhões.
Em uma auditoria interna da Codevasf, realizada em maio, foram encontradas irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire com recursos indicados por Juscelino Filho. A auditoria apontou pagamentos indevidos para a empresa responsável pelas obras, totalizando R$ 8,988 milhões.
A defesa do ministro ainda não se pronunciou sobre o caso. A reportagem está em busca de contato com Juscelino Filho para obter sua versão dos fatos. O espaço fica aberto para manifestações e possíveis pronunciamentos do ministro em relação às acusações formuladas pela PF.
Essa investigação demonstra a gravidade das acusações e a necessidade de apuração dos fatos para a garantia da transparência e integridade na administração pública. O desvio de verbas federais é um crime que prejudica a sociedade como um todo e é importante que casos como esse sejam tratados com rigor e responsabilidade pelas autoridades competentes.