Os manifestantes expressaram preocupação com a possibilidade de vitória do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN). Cinco sindicatos convocaram a manifestação, alertando para um possível ponto de virada na democracia francesa. Um dos manifestantes, Florence David, aos 60 anos, destacou a surpresa em ver a extrema direita tão próxima do poder.
As ruas de Paris refletiram a diversidade de temas de preocupação dos manifestantes, que incluíram a defesa da democracia, dos direitos dos estrangeiros e do coletivo LGTBI+. A marcha foi comparada às manifestações de 2002, quando um milhão de pessoas protestaram contra Jean-Marie Le Pen.
As pesquisas indicam que o RN está à frente nas intenções de voto, seguido pela coalizão de esquerda Nova Frente Popular e pela aliança centrista de Macron. A antecipação das eleições causou um terremoto político que dividiu diversos partidos, com o surgimento de novas candidaturas e alianças controversas.
A decisão do presidente Macron de antecipar as eleições e a ascensão da extrema direita na França parecem ter gerado uma mobilização sem precedentes no país. A expectativa é de que a pressão popular nas ruas influencie o cenário político e os resultados das eleições legislativas. A França se encontra em um período de incerteza e tensão, à espera dos desdobramentos desses eventos históricos.