Durante sua fala, o apresentador destacou a absurda situação criada por essa legislação, afirmando que independente das convicções políticas, morais ou religiosas, a proposta lhe causa repúdio. Além disso, Huck trouxe à tona um caso que ilustra a aberração que seria essa equiparação, citando a possibilidade de uma vítima de estupro ser punida com mais rigor do que o próprio agressor. Ele ressaltou a injustiça de obrigar uma mulher vítima de abuso a enfrentar uma gravidez fruto de um crime tão violento.
O projeto de lei em questão, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), propõe penas que variam de 6 a 20 anos de prisão para mulheres que interromperem gestações após as 22 semanas. Além disso, a proposta elimina a possibilidade de aborto legal em caso de estupro, o que coloca as vítimas em uma posição de desamparo e desrespeito.
Diante dessa conjuntura, Luciano Huck fez questão de se posicionar de forma clara e contundente, defendendo as mulheres que já foram vítimas de violência sexual e repudiando a crueldade implícita nesse projeto de lei. Ele ainda direcionou uma mensagem ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ressaltando a falta de lógica e de humanidade presente nessa proposta.
Com isso, Huck demonstrou coragem e solidariedade ao se posicionar ao lado das mulheres vítimas de estupro e em defesa da dignidade e dos direitos das mesmas. Sua atitude serve como um alerta e um convite à reflexão sobre a importância de se garantir a proteção e a justiça para todas as mulheres, especialmente aquelas que já sofreram violência e trauma.