Segundo o comunicado divulgado pelo órgão, ficará suspensa temporariamente a dispensa de visto entre o Equador e a China, que estava em vigor até então. A decisão foi tomada devido ao aumento considerável de fluxos migratórios irregulares de cidadãos chineses que chegaram ao Equador e não deixaram o país dentro do prazo permitido, que é de 90 dias.
De acordo com dados do Ministério do Interior equatoriano, entre janeiro e maio deste ano, o Equador registrou a entrada de 17.808 chineses, enquanto apenas 9.966 deles deixaram o país dentro do prazo legal. A maioria desses indivíduos entrou no Equador com propósitos turísticos.
O governo equatoriano classificou essa situação como preocupante e argumentou que os cidadãos chineses estavam utilizando o país como ponto de partida para chegar a outros destinos no Hemisfério, sem especificar quais países estariam sendo o destino final desses migrantes.
A China é um importante parceiro comercial do Equador e se tornou o maior financiador do país durante o governo do ex-presidente Rafael Correa. A medida de impor temporariamente visto aos cidadãos chineses demonstra a preocupação das autoridades equatorianas com o aumento dos fluxos migratórios irregulares e a necessidade de regularizar essa situação.