A convocação dessas eleições por Macron aconteceu em 9 de junho, logo após o encerramento das eleições legislativas europeias, onde o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) saiu vitorioso com 31,37% dos votos, quase o dobro da centro-direita do atual presidente.
A Nova Frente Popular, formada por uma ampla gama de forças de esquerda, do social-democratas até formações anticapitalistas radicais, surgiu como principal oposição para as próximas eleições. No entanto, ainda não há um candidato a primeiro-ministro indicado pela aliança.
Macron classificou o programa da Nova Frente Popular como “totalmente imigracionista” e afirmou que se trata de um mero pacto de conveniência, destacando as divergências internas das forças de esquerda. De acordo com uma pesquisa Ifop divulgada recentemente, o RN segue na liderança das intenções de voto com 33%, seguido pela Nova Frente Popular com 28% e a aliança centrista do presidente com 18%.
A incerteza política paira sobre a França, com a possibilidade de Macron ter que compartilhar o poder com um governo de pensamento político divergente em uma coabitação. A aliança “Juntos pela República” busca se apresentar como uma alternativa contra os extremos, em meio a um cenário de polarização política no país.
Dessa forma, as eleições legislativas antecipadas na França se tornam um importante termômetro para a democracia no país e podem impactar significativamente o futuro do governo de Emmanuel Macron e o cenário político francês como um todo.