Diferentemente do uso sofisticado de drones em outros conflitos ao redor do mundo, os dissidentes colombianos optaram por métodos artesanais. Eles estão lançando fogos de artifício caseiros acoplados a drones comerciais. O dispositivo consiste em um tubo plástico cheio de explosivos ligado ao drone por uma fivela, que é acionada remotamente para liberar a carga explosiva.
Os ataques têm se intensificado nas últimas semanas nos departamentos de Cauca e Nariño, no sudoeste do país, totalizando pelo menos 17 investidas, segundo relatos das autoridades. Até o momento, não foram registradas fatalidades decorrentes desses ataques.
Para combater essa nova estratégia dos guerrilheiros, o comandante das Forças Armadas colombianas, general Helder Giraldo, anunciou a abertura de um processo de aquisição de aeronaves não tripuladas para conter as ações terroristas. Enquanto os rebeldes utilizam drones comuns de baixo custo, as autoridades enfrentam o desafio de implementar tecnologias capazes de neutralizar esses equipamentos.
A prefeitura de Popayán, capital de Cauca, proibiu o voo de drones após um ataque a uma delegacia de polícia. Em meio a esses eventos, uma menina foi ferida por um explosivo próximo a um hospital, e três soldados ficaram feridos em outros dois ataques em Argelia.
Diante desse cenário, especialistas apontam que o uso generalizado de drones pelos rebeldes representaria um avanço significativo em sua capacidade militar, exigindo uma resposta adequada por parte das forças de segurança. Enquanto o Exército colombiano busca novas tecnologias para enfrentar essa ameaça, a população local vive sob a tensão e o risco crescente desses ataques.