Funcionários da American Airlines afastados após suposta discriminação racial contra passageiros negros em voo de Phoenix para Nova York.

Após um mês do ocorrido em janeiro, onde três homens negros acusaram a American Airlines de discriminação racial, a empresa tomou medidas contra vários funcionários envolvidos no incidente. Os homens afirmaram terem sido retirados de um voo que sairia de Phoenix, Arizona, para Nova York, depois que um comissário de bordo branco reclamou de um forte odor corporal.

Somente nesta quinta-feira foi anunciado o afastamento dos empregados relacionados ao caso. O CEO da American Airlines, Robert Isom, emitiu uma nota aos funcionários onde classificou o incidente como “inaceitável” e reconheceu que a empresa falhou em cumprir seus compromissos. Isom afirmou estar responsabilizando os envolvidos, incluindo a remoção de membros da equipe de serviço.

A companhia aérea também anunciou diversas iniciativas para prevenir situações semelhantes, como a criação de um “grupo consultivo” focado na experiência de passageiros negros. Na ação judicial movida pelos três homens, que não se conheciam e não estavam sentados juntos, eles alegaram que foram retirados do voo junto com outros passageiros negros por mais de uma hora e meia, sendo escolhidos apenas por sua cor de pele.

Os autores da ação descreveram a situação como traumática, perturbadora e humilhante. Um dos homens, Xavier Veal, relatou ao Washington Post que a experiência foi “horrenda” e destacou a realidade da vida de um homem negro na América. A American Airlines está empenhada em reconstruir a confiança com organizações de direitos civis e em melhorar seus procedimentos para evitar futuros incidentes de discriminação racial.

Essa não é a primeira vez que a American Airlines enfrenta acusações de discriminação. Em 2017, a NAACP aconselhou viajantes negros a evitarem a companhia devido a um padrão de comportamento discriminatório. A empresa suspendeu o aviso no ano seguinte, mas em junho deste ano a NAACP ameaçou restabelecê-lo se a American Airlines não respondesse de forma rápida e decisiva ao caso de discriminação racial de janeiro.

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