Steve Bannon pede adiamento de prisão enquanto advogados recorrem; Suprema Corte dos EUA é última esperança. Ex-estrategista de Trump desacatou Congresso.

O ex-estrategista de campanha de Donald Trump, Steve Bannon, está buscando adiar sua sentença de quatro meses de prisão enquanto seus advogados recorrem ao veredicto. Bannon foi considerado culpado por desacatar o Congresso, após desafiar uma intimação do comitê que investigava o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021.

No mês passado, Bannon perdeu a primeira rodada de seu recurso e um tribunal federal de apelações decidiu que o veredicto era adequado. Após essa derrota, um juiz determinou que Bannon se apresentasse à Justiça até 1º de julho para cumprir a sentença inicial.

A Suprema Corte dos EUA, composta por uma maioria conservadora, é a última esperança de Bannon para adiar sua ida à prisão. Em caso de adiamento, a defesa argumenta que Bannon não representa um perigo para a comunidade.

Bannon, em declarações recentes a repórteres, afirmou que nada o calará, mesmo diante da possibilidade de prisão. Ele também fez alertas públicos sobre possíveis prisões de opositores de Trump, caso o ex-presidente seja eleito novamente em novembro.

Outro aliado de Trump, Peter Navarro, tentou sem sucesso anular sua sentença de desacato ao Congresso e atualmente cumpre pena na prisão. Trump, por sua vez, tem sugerido que poderia se vingar de seus desafetos, prometendo “retribuição” aos seus apoiadores.

Bannon foi o principal estrategista político de Trump nos primeiros sete meses de seu governo e seu nome surgiu diversas vezes durante a investigação do ataque ao Capitólio. Evidências apontam que Bannon tinha conhecimento prévio dos planos de invasão e conversou com Trump antes do incidente.

A Comissão da Câmara que investiga o ataque revelou conversas entre Bannon e Trump, sugerindo que o estrategista politico pediu ao então presidente para concentrar seus esforços no evento de 6 de janeiro. A comissão também rejeitou o argumento de “privilégio executivo” usado por Bannon para não cooperar.

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