Ministério da Saúde incorpora rivastigmina no SUS para tratamento de Parkinson e demência, beneficiando pacientes sem opções medicamentosas.

O Ministério da Saúde anunciou uma importante novidade para os pacientes com doença de Parkinson e demência. Nesta sexta-feira (21), foi publicada a portaria de incorporação da rivastigmina no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando-o o único medicamento registrado e disponível no país para o tratamento desses pacientes.

A decisão de incorporação da rivastigmina foi baseada em uma recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O tratamento tem demonstrado eficácia no controle dos sintomas cognitivos da doença, beneficiando especialmente os pacientes que desenvolvem demência em associação com o Parkinson.

A demência é uma condição que causa diversos sintomas, como lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, alucinações, delírios e apatia. Até o momento, não havia um tratamento medicamentoso disponível no SUS para esses pacientes, o que tornava a incorporação da rivastigmina uma medida fundamental para melhorar a qualidade de vida dos afetados.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, destacou a importância da medida, ressaltando que a população está envelhecendo e que a doença de Parkinson, que não tem cura, afeta uma parcela significativa da população brasileira. Portanto, a disponibilidade desse tratamento pelo SUS se torna essencial para proporcionar uma vida melhor aos pacientes, seus familiares e cuidadores.

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. Atualmente, existem entre 100 e 200 casos de Parkinson para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos, aumentando significativamente após os 60 anos. O SUS já oferece diversos tratamentos para a doença, incluindo medicamentos, fisioterapia e estimulação cerebral, com o objetivo de controlar a progressão da doença e aliviar os sintomas.

Com a incorporação da rivastigmina, o SUS amplia suas opções de tratamento para pacientes com doença de Parkinson e demência, fortalecendo sua capacidade de atendimento e cuidado com a saúde da população. Essa medida representa um avanço significativo no combate às doenças neurodegenerativas e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados.

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