A assistente social Clara Saraiva, uma das organizadoras da manifestação, explicou que o ato faz parte do movimento nacional chamado Criança não é Mãe. Este movimento defende o direito das mulheres de decidirem sobre seus corpos e pede o arquivamento imediato da proposta. Clara também ressaltou a preocupação com a proteção dos estupradores em detrimento das mulheres.
A deputada federal Jandira Feghali ressaltou a importância dos atos populares nas ruas como forma de pressionar os parlamentares. Ela criticou o projeto, classificando-o como inconstitucional e criminoso. A manifestação também teve críticas para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que postergou o debate do projeto para o segundo semestre.
Em São Paulo, o protesto ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista. As manifestantes usavam lenços verdes, símbolo dos atos em defesa ao direito ao aborto legal. Letícia Parks, militante do movimento Pão e Rosas, explicou que é essencial manter a mobilização constante para impedir a votação do projeto em agosto.
A luta pelo direito ao aborto legal, livre, seguro e gratuito foi central nas reivindicações das manifestantes. A bateria de tambores dava ritmo aos gritos de ordem, demonstrando a determinação e união do grupo. A presença nas ruas é vista como fundamental para pressionar os parlamentares e garantir a vitória no Congresso Nacional.