Segundo a AI, a Argentina adotou uma posição regressiva em consensos históricos sobre gênero, meio ambiente e direitos humanos no âmbito da OEA. Durante uma reunião ordinária do Conselho Permanente da OEA em Washington na semana passada, a representante argentina, Sonia Cavallo, contestou projetos de resolução relacionados à democracia, direitos humanos, meio ambiente e perspectivas de gênero e étnicas.
A diretora executiva da AI, Mariela Belski, destacou a urgência de a Argentina rever essa postura, que vai contra acordos básicos apoiados nos últimos anos, como o repúdio à violência de gênero. O encontro da Assembleia Geral da OEA terá como foco a defesa da democracia, direitos humanos, segurança e desenvolvimento.
Belski expressou preocupação com o retrocesso na política externa argentina, citando a decisão da chancelaria de suspender a participação em eventos ligados à Agenda 2030 da ONU. A Agenda 2030 visa acabar com a pobreza, promover a igualdade de gênero e combater as mudanças climáticas, entre outros objetivos.
O presidente argentino, Javier Milei, já se posicionou contra a adesão à Agenda 2030, afirmando ser contrário ao marxismo cultural. Essa postura representa um desafio adicional para a participação da Argentina em fóruns multilaterais.
Em suma, a postura adotada pela Argentina frente a questões de gênero, meio ambiente e direitos humanos na OEA tem gerado preocupação e críticas de organizações como a Anistia Internacional, em um momento crucial para a discussão e aprovação de importantes projetos na Assembleia Geral da organização.