Presidente do Senado critica decisão do STF sobre porte de maconha e defende competência do Legislativo para definir políticas antidrogas.

Na última semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, demonstrou discordância em relação à decisão da maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que o porte de maconha para consumo próprio não pode mais ser considerado crime. De acordo com Pacheco, o posicionamento do STF acaba invadindo a competência do Poder Legislativo e até mesmo da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que é responsável por definir o que caracteriza uma droga ilícita.

Para o presidente do Senado, cabe ao Congresso Nacional a responsabilidade de “corrigir” as lacunas existentes relacionadas aos efeitos práticos da Lei Antidrogas. Ele ressaltou ainda que já se encontra em tramitação na Câmara dos Deputados a proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2023, a qual propõe que o porte ou a posse de qualquer quantidade de drogas seja considerado crime.

A declaração de Pacheco gerou debates e polêmicas em diversos setores da sociedade, com opiniões divididas sobre a legalização do porte de maconha para consumo próprio. Enquanto alguns defendem a liberdade individual e a descriminalização do uso da substância, outros argumentam sobre os potenciais impactos negativos que essa medida pode acarretar, como o aumento do consumo e a sobrecarga nos setores de saúde e segurança pública.

Diante desse cenário, a decisão do STF levanta questionamentos sobre a divisão de poderes e a necessidade de um debate mais aprofundado acerca da legislação vigente em relação às drogas. A expectativa é que o tema seja amplamente discutido no Congresso Nacional nos próximos meses, envolvendo parlamentares, especialistas, e a sociedade civil, para que seja possível encontrar um consenso sobre como lidar com essa questão tão complexa e controversa.

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