A análise apontou que as crianças de 1 a 4 anos de idade são as mais afetadas, totalizando 6,4 mil internações nos dois anos mencionados. Em seguida, estão as faixas etárias de cinco a nove anos (2.735 casos), 15 a 19 anos (1.893), 10 a 14 anos (1.825) e menores de um ano (1.051).
No que diz respeito à distribuição geográfica, o estado do Paraná lidera o ranking de internações por queimaduras, com 1.730 casos, seguido por São Paulo (1.709), Bahia (1.572), Rio de Janeiro (1.126) e Minas Gerais (1.006). As regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul apresentaram aumento no número de hospitalizações, com exceção da Região Centro-Oeste, que registrou uma queda.
Em relação aos óbitos decorrentes de queimaduras, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde aponta que aproximadamente 700 crianças e adolescentes foram vítimas desse tipo de acidente nos anos de 2022 e 2021.
Segundo o presidente da SBP, Clóvis Francisco Constantino, muitos acidentes ocorrem por descuido dos adultos. Ele ressaltou a importância da vigilância constante dos pais e responsáveis para evitar essas situações de risco. A presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, destacou a necessidade de redobrar a atenção durante os festejos juninos, período em que os acidentes costumam ser mais frequentes.
É fundamental adotar medidas preventivas, como instalar portões na cozinha para evitar que crianças entrem enquanto alimentos são preparados no fogo. A SBP também alerta para os perigos dos fogos de artifício, fogueiras e balões durante as festas juninas. A precaução e a supervisão dos adultos são essenciais para garantir a segurança dos pequenos. Para mais orientações sobre como evitar acidentes com queimaduras, é possível acessar o site da SBP.