Essa ascensão meteórica do RN tem causado impactos profundos na política francesa. Macron, diante dos resultados, convocou eleições legislativas antecipadas para a Assembleia Nacional, com pesquisas indicando que o RN pode sair vitorioso dessas eleições também. O presidente do partido, Jordan Bardella, já vislumbra a possibilidade de se tornar o próximo primeiro-ministro da França, algo impensável apenas uma década atrás.
Fundado em 1972 como Frente Nacional, o partido tinha uma origem controversa, com seus membros incluindo ex-soldados nazistas e colaboradores do regime de Vichy. Inicialmente, sua plataforma defendia a restauração de valores conservadores e o combate ao comunismo, até se tornar ferrenhamente anti-imigração.
Sob a liderança de Marine Le Pen, filha do fundador do partido, houve uma tentativa de “desdemonizar” a sigla, afastando-se de comentários antissemitas e ampliando sua plataforma para incluir questões econômicas. O partido obteve um crescimento significativo nas eleições, com Marine chegando a receber 41,5% dos votos no segundo turno das eleições presidenciais.
A ascensão do RN reflete um redirecionamento da política francesa em direção a políticas mais rígidas sobre imigração, segurança e outros temas sensíveis. Bardella, o rosto dessa reformulação do partido, promete medidas duras, como redução drástica da imigração e reforço da segurança para combater o crime. Ele também se comprometeu a cortar impostos e a dar tratamento preferencial aos cidadãos franceses em relação aos estrangeiros.
Portanto, a ascensão do Reagrupamento Nacional na França tem gerado polêmica e incertezas acerca do futuro político do país, com questionamentos sobre os rumos que a nação poderá tomar diante das propostas e ideais desse partido em ascensão.