Ramaphosa, de 71 anos, foi reeleito para um segundo mandato pelos deputados após as eleições gerais de 29 de maio. Para manter-se no poder, o presidente firmou um acordo inédito com a Aliança Democrática (AD), partido liberal de centro-direita liderado por John Steenhuisen, e outros grupos opositores.
John Steenhuisen, que lidera a AD, irá assumir o cargo de ministro da Agricultura, conforme anunciado por Ramaphosa. O partido de Steenhuisen conquistou seis ministérios, incluindo as pastas de Educação, Trabalho Públicos e Meio Ambiente.
O presidente ressaltou que os partidos da oposição terão, ao todo, 12 ministérios dentro do governo de coalizão. Com essa distribuição, o novo governo será marcado por uma diversidade de partidos políticos, conforme informado pelo gabinete de Ramaphosa.
Durante as negociações para a formação do governo, Ramaphosa enfrentou o desafio de lidar com as demandas de seu próprio partido e dos demais integrantes da coalizão. O CNA, partido de Nelson Mandela, obteve a maioria dos votos na eleição, conquistando 159 das 400 cadeiras na legislatura, enquanto a AD ficou em segundo lugar, com 87 cadeiras.
Com a economia enfrentando altos índices de desemprego e problemas de segurança pública, o novo governo terá grandes desafios pela frente. Além disso, a África do Sul, como parte do Brics, enfrenta problemas de infraestrutura energética que resultam em cortes frequentes de energia no país.
Em suma, a distribuição de ministérios para a oposição marca um momento de mudança e diálogo político na África do Sul, trazendo consigo a esperança de um governo mais inclusivo e capaz de enfrentar os desafios do país.