O cineasta Benoît Jacquot terá a oportunidade de se manifestar diante da Justiça após sua advogada, Julia Minkowski, criticar o fato de seu cliente ter sido preso ao entrar na unidade policial. Por outro lado, a advogada de Jacques Doillon, Marie Dosé, afirmou que a prisão de seu cliente não possui critérios legais justificáveis, principalmente pelo fato dos acontecimentos relatados pela atriz remontarem a 36 anos atrás e estarem prescritos há mais de duas décadas.
A defesa dos cineastas enfatizou a violação da presunção de inocência de ambos, diante das acusações de estupro de menor de 15 anos por uma pessoa com autoridade, estupro, violência doméstica e agressão sexual de menor de 15 anos por uma pessoa com autoridade. Judith Godrèche acusou Benoît Jacquot de estupro em fevereiro e, posteriormente, apontou Jacques Doillon por agressão sexual, formalizando as queixas em tribunal.
Outras duas atrizes, Julia Roy e Isild le Besco, também denunciaram Benoît Jacquot por agressão sexual e estupro, respectivamente. A investigação do Ministério Público de Paris está focada nos supostos crimes cometidos pelos cineastas. A prisão dos diretores ocorreu em meio a um cenário de crescente preocupação com a violência sexual no meio artístico, levando a discussões sobre a importância de investigar e punir esses tipos de abusos.