O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, também se manifestou sobre o ocorrido, acusando o atual presidente boliviano, Luis Arce, de ter realizado um “autogolpe” após um ataque militar fracassado à sede do governo em La Paz. Morales expressou sua perplexidade, afirmando que pensava se tratar de um golpe, mas agora vê como um autogolpe.
O governo argentino respaldou as declarações de Morales, mencionando relatórios de inteligência que corroboram a versão do ex-presidente boliviano. O comunicado presidencial argentino argumentou que a narrativa divulgada pela Bolívia era pouco crível e não condizia com o contexto sociopolítico do país latino-americano.
Além disso, o comunicado destacou preocupações acerca da democracia boliviana, que estaria em perigo devido a governos socialistas que historicamente levaram a ditaduras. A Argentina reforçou a importância da preservação da democracia na Bolívia e instou as forças políticas do país a garantirem o Estado de Direito em seu território.
As autoridades bolivianas estão investigando o levante armado que ocorreu, culminando na circulação de tropas com tanques ao redor da sede do governo por várias horas. O episódio resultou em 14 feridos e 21 militares presos, incluindo três ex-comandantes das Forças Armadas. A situação continua a gerar debates e análises políticas na região.