Com seis votos dos juízes conservadores contra três dos progressistas, o tribunal decidiu que um presidente possui certa imunidade processual. Essa decisão histórica levanta questões importantes sobre o Poder Executivo e a corrida pela Casa Branca.
O presidente da Suprema Corte, o conservador John Roberts, afirmou que um presidente “não está acima da lei”, mas desfruta de “imunidade absoluta” em um processo criminal por atos oficiais cometidos durante o exercício de seu cargo. No entanto, ressaltou que essa imunidade não se estende a atos não oficiais.
Essa decisão teve o aval dos juízes conservadores, mas os três juízes progressistas discordaram veementemente. A juíza Sonia Sotomayor destacou que nunca na história do país um presidente havia se sentido imune a um processo criminal por usar os atributos de seu cargo para violar a lei penal.
A decisão da Suprema Corte foi vista como uma vitória por parte de Trump, que considerou o veredicto como um triunfo para a constituição e a democracia. Por outro lado, a equipe da campanha eleitoral de Biden criticou duramente o ex-presidente, afirmando que ele acredita estar acima da lei e fará qualquer coisa para manter seu poder.
Esse adiamento do julgamento de Trump tem implicações profundas no cenário político dos Estados Unidos, principalmente diante das eleições presidenciais. É possível que essa espera prolongada do processo dificulte uma eventual acusação contra o ex-presidente, o que dará a ele mais tempo para se preparar e tomar decisões estratégicas.
Dessa forma, a decisão da Suprema Corte não apenas impacta o futuro jurídico de Trump, mas também ressoa nas arenas políticas e eleitorais do país, lançando incertezas sobre o desfecho desse caso e suas possíveis consequências.