O donanemabe, comercializado sob o nome Kisunla, é uma terapia inovadora que age diretamente nas placas de amiloide no cérebro, substâncias que estão associadas ao desenvolvimento e progressão do Alzheimer. A aprovação da FDA foi baseada em estudos que demonstraram que o medicamento reduz as placas amiloides em até 84% após 18 meses de uso.
De acordo com a Eli Lilly, o Kisunla é administrado por meio de uma injeção mensal e foi testado em um grande estudo clínico envolvendo mais de 1.700 participantes em oito países. Os resultados apontaram uma redução significativa das placas amiloides, o que representa um avanço no tratamento da doença.
Anne White, vice-presidente executiva e presidente da Lilly Neuroscience, comemorou os resultados positivos do donanemabe e ressaltou a importância de oferecer opções de tratamento eficazes para pacientes com Alzheimer em estágios iniciais. Ela afirmou que a empresa está comprometida em melhorar a detecção e o diagnóstico precoce da doença.
No entanto, o preço do tratamento com Kisunla nos Estados Unidos levantou preocupações, com um custo de US$ 12,5 mil para seis meses e US$ 48,6 mil para 18 meses. A Eli Lilly do Brasil informou que solicitou a avaliação do medicamento pela Anvisa, mas ainda não há previsão para a sua chegada ao país.
É importante destacar que o donanemabe pode causar efeitos colaterais, como Anormalidades de Imagem Relacionadas à Amiloide (ARIA), que podem incluir inchaço temporário no cérebro e pequenos sangramentos. Apesar disso, a terapia tem se mostrado promissora no tratamento do Alzheimer e representa uma nova esperança para pacientes e familiares.