O dólar comercial fechou em R$ 5,665, um aumento de 0,22% em relação ao dia anterior, continuando em um dos níveis mais altos desde janeiro de 2022. Em relação ao acumulado do ano, a moeda norte-americana já apresenta uma alta de 16,8%.
Além dos fatores externos, questões internas também influenciam nessa alta do dólar. A expectativa do mercado em relação ao anúncio de medidas de corte de gastos e ao contingenciamento de verbas públicas para os orçamentos de 2024 e 2025 tem gerado apreensão e contribuído para a desvalorização do real. Para Pieri, a incerteza fiscal no Brasil faz com que o mercado cobre um prêmio maior para manter investimentos no país.
A professora Maria Malta, da UFRJ, ressaltou que o aumento do dólar também está ligado a disputas políticas, especialmente no contexto de uma possível mudança na presidência do Banco Central. Ela destacou que, para a estrutura econômica brasileira, a desvalorização do real pode ter impactos positivos, como a melhoria das exportações e a redução dos custos internos da dívida pública.
Em meio a esse cenário, a tendência é que o dólar continue oscilando e sendo influenciado tanto por questões externas quanto internas, refletindo a dinâmica do mercado financeiro e da economia brasileira como um todo.