O juiz responsável pela decisão, Freddy Orellana, autorizou o bloqueio das contas do Semilla, partido de orientação social-democrata que já havia sido suspenso no ano anterior por ordem do mesmo magistrado. A situação coloca em risco a posse do presidente, que ocorreu em janeiro deste ano.
Tanto Orellana quanto os chefes do Ministério Público guatemalteco estão sob sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, que os acusam de minar a democracia no país. As ações do MP foram direcionadas ao Semilla e a Arévalo por suspeitas de irregularidades na criação do partido em 2017.
O presidente acusa a procuradora-geral, Consuelo Porras, de prejudicar a sua luta contra a corrupção, uma promessa de campanha que o levou à vitória nas eleições. Porras, cujo mandato se encerra em 2026, mantém uma série de acusações contra o presidente, com o objetivo de retirar sua imunidade e destituí-lo do cargo.
Essa nova reviravolta política na Guatemala evidencia a instabilidade que marca o governo de Bernardo Arévalo. Com ações judiciais em curso e suspeitas de corrupção pairando sobre o seu partido e sua gestão, o presidente enfrenta um momento delicado em sua administração. A população guatemalteca aguarda por desdobramentos e por respostas claras sobre as acusações que envolvem o chefe de Estado e sua equipe.