As investigações apontaram que João Pedro foi atingido nas costas por um fragmento de tiro de fuzil, proveniente de uma pilastra próxima onde ele e seus amigos estavam tentando se proteger. A casa, que pertencia ao tio do jovem, foi alvejada com mais de 70 tiros durante a operação policial.
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine absolveu sumariamente os policiais Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister. A magistrada considerou que não houve materialidade delitiva e que os agentes agiram em legítima defesa, justificando a sua decisão de absolvição.
A mãe de João Pedro, Rafaela Santos, expressou sua indignação com a sentença, afirmando que a justiça está normalizando a violência policial nas comunidades e nas casas de cidadãos de bem. Ela pretende recorrer da decisão e lutar para que os policiais sejam levados a júri popular.
A repercussão do caso nas redes sociais foi grande, com a ONG Rio de Paz criticando a decisão da justiça e destacando a impunidade dos responsáveis pela morte de João Pedro. O caso reabre o debate sobre a violência policial no Rio de Janeiro e a necessidade de se garantir a responsabilização dos agentes envolvidos em ações que resultam em mortes de inocentes.