Vírus da febre do Oropouche é detectado em feto de gestante em Pernambuco, em caso inédito na literatura científica.

Na cidade de Rio Formoso, localizada na Zona da Mata Sul de Pernambuco, um caso inédito chamou a atenção das autoridades de saúde. Exames laboratoriais detectaram a presença do vírus da febre do Oropouche em um feto que infelizmente veio a falecer com 30 semanas de gestação. Este é o primeiro caso do gênero descrito na literatura científica até o momento.

A febre do Oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito maruim e pela muriçoca, e os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya. A mãe do feto, que também apresentava sintomas de arbovirose, teve contato com um dos casos positivos da doença em Rio Formoso.

Até agora, Pernambuco registra 13 casos confirmados da febre do Oropouche. Tanto a mãe quanto o feto passaram por coleta de materiais biológicos para a realização de exames específicos dessa enfermidade. Enquanto as análises da mãe apontaram positivo para dengue e chikungunya, as do feto foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, referência nacional em estudos de arboviroses.

A confirmação do resultado positivo para febre do Oropouche no feto, na última sexta-feira (5), gerou ainda mais preocupação e intensificou as investigações. Representantes da Secretaria Estadual de Saúde, Ministério da Saúde, Fiocruz, Instituto Evandro Chagas e a cidade de Rio Formoso estão unidos nessa missão investigativa.

O secretário-executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Bruno Ishigami, ressaltou a importância de identificar se a morte fetal foi causada pela infecção do Oropouche. Toda a equipe especializada está empenhada em elucidar a razão por trás desse trágico evento, que coloca em alerta a saúde pública do estado de Pernambuco.

Até o momento, as autoridades de saúde continuam vigilantes e orientando os municípios para proteger a população contra essa enfermidade. É essencial que medidas preventivas sejam tomadas, como evitar a exposição às picadas dos mosquitos transmissores, usar repelentes adequados e manter ambientes livres de acúmulo de materiais orgânicos. Não há solução química eficaz para combater esses vetores, sendo o cuidado e a prevenção as melhores armas contra a febre do Oropouche.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo