A Petrobras planeja expandir seus horizontes e explorar a energia eólica em áreas marítimas.

A Petrobras, uma das principais empresas petrolíferas do Brasil, anunciou nesta quarta-feira (13) que deu entrada em um pedido de licenciamento ambiental para dez áreas marítimas do país. O objetivo é instalar estruturas de energia eólica offshore, ou seja, gerada a partir do vento em alto-mar. O pedido foi protocolado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sendo um passo importante no processo de desenvolvimento da energia eólica no país.

Com esse pedido, a Petrobras se tornará uma das empresas com maior potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil. Além disso, a empresa já havia anunciado anteriormente uma parceria com a WEG para o desenvolvimento de um aerogerador com capacidade instalada de 7 megawatts. Essa parceria demonstra o compromisso da Petrobras com a expansão da energia eólica no país.

Segundo o presidente da empresa, Jean Paul Prates, as dez áreas marítimas têm capacidade total de 23 gigawatts e estão localizadas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Haverá três áreas no Rio Grande do Norte, três no Ceará, além de áreas no Maranhão, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Essa diversificação geográfica permitirá uma maior eficiência na geração de energia eólica.

Um ponto a ser destacado é a área escolhida no estado do Rio de Janeiro, que apresenta uma peculiaridade em relação às demais. Por possuir uma profundidade d’água maior que 100 metros, não será possível utilizar as fundações fixas, cravadas diretamente no solo marinho. Por isso, a Petrobras está desenvolvendo tecnologia de instalações flutuantes em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), para adequar-se a essa situação específica.

Além do desenvolvimento de projetos próprios, a Petrobras demonstrou interesse em parcerias, como a que está sendo desenvolvida com a Equinor. A empresa acredita que a entrada no setor de energia eólica é uma oportunidade para transformar o Brasil e contribuir para a sustentabilidade e diversificação energética no país.

Entretanto, é importante ressaltar que o pedido de licenciamento não garante à Petrobras o direito sobre as áreas. É necessário aguardar a regulamentação desse mercado, que está em discussão no Congresso Nacional. A empresa espera que até o final deste ano haja uma definição sobre os tipos de outorga – autorização ou concessão – que serão adotados para a exploração dessas áreas.

Em resumo, o pedido de licenciamento ambiental para as áreas marítimas representa um importante passo da Petrobras na expansão da energia eólica offshore no Brasil. Com potencial para se tornar uma das líderes nesse segmento, a empresa busca parcerias e investe em tecnologia para garantir uma produção eficiente de energia limpa. No entanto, é necessário aguardar a regulamentação do setor para que a Petrobras tenha direito sobre essas áreas e possa iniciar efetivamente seus projetos.

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